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sábado, 25 de novembro de 2017

Vulcão dos Capelinhos

Na madrugada do dia 27 de Setembro de 1957, após várias semanas de abalos de terra, teve inicio a erupção de um vulcão muito próximo do Farol dos Capelinhos.
A partir desse momento, foram treze meses de emissões de cinzas, lavas e vapores e que marcaram profundamente todos aqueles que viviam nesta ilha, principalmente aqueles que mais de perto conviveram com a erupção.
Passados 60 anos desde que este fenómeno começou, a ponta do Capelo não perdeu a sua importância.
Em termos vulcanológicos, o Vulcão dos Capelinhos ainda é considerado como um grande marco da história do vulcanismo mundial, nomeadamente por ter sido fotografado, observado, estudado e interpretado desde o seu início até ao "adormecimento" na calma tarde de 24 de Outubro de 1958.
A construção do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos junto às ruínas do Farol surgiu na sequência de uma nova visão integrada de toda aquela zona que potenciasse um melhor aproveitamento nas diversas vertentes.
Em termos ambientais, e de acordo com estudos já levados a efeito, o Centro permitiu uma melhor conservação e protecção da natureza, naquela área protegida. Em termos históricos, teve como consequência a preservação do património construído que marcou uma época e que foi a primeira testemunha deste grande fenómeno.
Na vertente socio-económica, o Centro contribui para uma maior diversificação da oferta da ilha, já que potenciou o aparecimento de outras actividades económicas ligadas ao turismo. Integra ainda a rede de Centros de Interpretação da Natureza dos Açores, é um dos pólos que explica a ciência vulcanológica e sensibiliza os jovens em termos ambientais.  
A integração deste Centro no Parque Natural do Faial permitiu uma melhor gestão da área do Vulcão dos Capelinhos. A substituição de flora invasora, nomeadamente a cana, por espécies nativas é um dos trabalhos que tem estado a decorrer em todo o espaço envolvente.
A recuperação destes habitats naturais permitirá a recuperação paisagística deste local, bem como, a sua colonização por espécies animais característicos da fauna dos Açores, como seja, o garajau-rosado.
Na península do Capelo foi recentemente aberto o novo Trilho dos 10 Vulcões, que termina no Porto do Comprido. É o maior percurso pedestre classificado dos Açores, com 27 quilómetros de extensão, e marca o aparecimento de um novo conceito de interpretação do meio natural, devido à instalação de estações interpretativas ao longo do percurso apoiadas por um Guia editado pelo Parque.
Muito foi dito, escrito e publicado sobre o Vulcão dos Capelinhos. É, sem dúvida, um marco indelével da nossa história que importa preservar. 
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