Na madrugada do dia 27
de Setembro de 1957, após várias semanas de abalos de terra, teve inicio a
erupção de um vulcão muito próximo do Farol dos Capelinhos.
A partir desse
momento, foram treze meses de emissões de cinzas, lavas e vapores e que
marcaram profundamente todos aqueles que viviam nesta ilha, principalmente
aqueles que mais de perto conviveram com a erupção.
Passados 60 anos desde
que este fenómeno começou, a ponta do Capelo não perdeu a sua importância.
Em termos
vulcanológicos, o Vulcão dos Capelinhos ainda é considerado como um grande
marco da história do vulcanismo mundial, nomeadamente por ter sido fotografado,
observado, estudado e interpretado desde o seu início até ao
"adormecimento" na calma tarde de 24 de Outubro de 1958.
A construção do Centro
de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos junto às ruínas do Farol surgiu na
sequência de uma nova visão integrada de toda aquela zona que potenciasse um
melhor aproveitamento nas diversas vertentes.
Em termos ambientais,
e de acordo com estudos já levados a efeito, o Centro permitiu uma melhor
conservação e protecção da natureza, naquela área protegida. Em termos históricos,
teve como consequência a preservação do património construído que marcou uma
época e que foi a primeira testemunha deste grande fenómeno.
Na vertente
socio-económica, o Centro contribui para uma maior diversificação da oferta da
ilha, já que potenciou o aparecimento de outras actividades económicas ligadas
ao turismo. Integra ainda a rede de Centros de Interpretação da Natureza dos
Açores, é um dos pólos que explica a ciência vulcanológica e sensibiliza os
jovens em termos ambientais.
A integração deste
Centro no Parque Natural do Faial permitiu uma melhor gestão da área do Vulcão
dos Capelinhos. A substituição de flora invasora, nomeadamente a cana, por
espécies nativas é um dos trabalhos que tem estado a decorrer em todo o espaço
envolvente.
A recuperação destes
habitats naturais permitirá a recuperação paisagística deste local, bem como, a
sua colonização por espécies animais característicos da fauna dos Açores, como
seja, o garajau-rosado.
Na península do Capelo
foi recentemente aberto o novo Trilho dos 10 Vulcões, que termina no Porto do
Comprido. É o maior percurso pedestre classificado dos Açores, com 27
quilómetros de extensão, e marca o aparecimento de um novo conceito de
interpretação do meio natural, devido à instalação de estações interpretativas
ao longo do percurso apoiadas por um Guia editado pelo Parque.
Muito foi dito,
escrito e publicado sobre o Vulcão dos Capelinhos. É, sem dúvida, um marco
indelével da nossa história que importa preservar.
Fonte:
Sem comentários:
Enviar um comentário