Nascido a 7 de Novembro de 1849, em Ponta Delgada, doutorou-se em Direito na Universidade de Coimbra com 23 anos.
Pouco tempo depois regressou à sua cidade natal onde exerceu advocacia até 1877, ano em que partiu para Lisboa, filiando-se no Partido Regenerador.
Em 1878 foi eleito deputado, pela primeira vez, pelo círculo de Ribeira Grande, S. Miguel, Açores. Três anos mais tarde, é convidado por António Rodrigues Sampaio para gerir a pasta das Obras Públicas tendo sido reconduzido na pasta, no ano seguinte, por Fontes Pereira de Melo.
De 21 a 31 de Maio e de 1 a 25 de Setembro de 1883 foi ministro dos Estrangeiros interino.
No ano seguinte, foi transferido para a pasta da Fazenda, tendo sido exonerado a 20 de Fevereiro de 1886. Nesse mesmo ano, a 1 de Janeiro, foi nomeado par do Reino, onde foi um opositor enérgico do Partido Progressista.
Em 1890, altura em que se dera o conflito com a Inglaterra dando origem ao Ultimatum britânico, Hintze Ribeiro chefiou a pasta dos Estrangeiros. A 18 de Dezembro de 1891 foi nomeado conselheiro de Estado efectivo. Em 1893, por indicação de Serpa Pimentel, Hintze Ribeiro assume a Presidência do Conselho, escolhendo João Franco para a pasta do Reino. O gabinete 'Hintze-Franco' funcionou de 22 de Fevereiro de 1893 a 7 de Fevereiro de 1897 significando o regresso ao `rotativismo´.
Em Março de 1900, após a morte de José Luciano de Castro, Hintze Ribeiro foi 'reconhecido oficialmente pelo Partido Regenerador como seu chefe'. Depois da saída de João Franco do Partido, promove a dissolução da Câmara dos Deputados e aprova uma nova lei eleitoral, concebida para impedir a eleição dos seus adversários e que ficou conhecida por `ignóbil porcaria´'.
Mais tarde, a questão dos tabacos levou o governo de Hintze a demitir-se, regressando ao poder com as eleições de 26 de Abril de 1906.
Seguiu-se uma forte agitação popular e o crescimento da propaganda republicana, factos que acabaram por resultar na demissão de Hintze e na subida ao poder de João Franco.
Após o abandono da vida política activa, Hintze Ribeiro viajou pelo estrangeiro e, ao regressar a Portugal ainda participou em alguns debates parlamentares atacando a política de João Franco. Ernesto Hintze Ribeiro tem alguma obra escrita de que se destaca 'A Teoria e legislação de recâmbio' (1870), 'O caso julgado, em face do direito português e da filosofia do direito' (1872), 'A reforma da legislação comercial' (1877), 'A questão de Salamanca' (1882), 'Reorganização dos serviços das alfândegas' (1885) e 'A questão da fazenda' (1888). Morre em Lisboa a 1 de Agosto de 1907, no Alto de S. João, após assistir ao funeral do seu amigo Conde de Casal Ribeiro.
FONTE:
http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/biografias?registo=Hintze%20Ribeiro
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