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domingo, 17 de dezembro de 2017

28 de janeiro de 1986 - Desastre do vaivém Challenge


Na manhã de 28 de janeiro de 1986, o vaivém Challenger partia pela décima vez em direção ao espaço. Mas nunca lá chegou. Explodiu e desintegrou-se, matando os sete tripulantes. Foi há 30 anos.



Aconteceu a 28 de janeiro de 1986, há 30 anos. A manhã estava fria. Fria demais. Na Florida, Estados Unidos, tudo a postos para a partida do vaivém espacial Challenger. Era a décima vez que o iria fazer. O que poderia correr mal? Passavam poucos minutos das onze e meia quando o aparelho descolou, subindo a pique em direção ao céu.

A bordo, seis astronautas e uma professora, civil, a primeira a participar numa viagem deste género. Mas algo correu mal: 73 segundos após o início da subida, o aparelho explodiu e desintegrou-se, resultando na morte de todos os tripulantes. Foi o primeiro grande desastre a marcar a história da exploração espacial.
Diversos fatores terão contribuído para o acidente. Primeiro, os vários reagendamentos consecutivos: a data original seria a 22 de janeiro, mas a partida acabou por realizar-se a 28. Depois, a própria temperatura que se fazia sentir nessa manhã. Os termómetros registavam um grau negativo — há mesmo fotografias que mostram gelo na torre de lançamento, poucas horas antes da descolagem. E, por fim, um problema com uma peça de borracha circular — O-ring, ou junta tórica –, que vedava um dos motores propulsores do vaivém.



Essa falha terá provocado um incêndio que, quando se alastrou a um dos tanques de combustível, terá resultado na explosão capturada pelas câmaras. A cápsula onde seguiam os tripulantes escapou à explosão, mas despenhou-se no oceano Atlântico a uma velocidade superior a 300 quilómetros por hora. Nunca se chegou a saber se os sete membros morreram da explosão ou do embate da cápsula na água.



Após a desintegração do Challenger, o programa Space Shuttle foi suspenso. Houve uma comissão especial instaurada pelo Governo norte-americano, com o objetivo de apurar as causas do desastre. As missões só seriam retomadas 32 meses depois. O acidente permitiu, ainda, apurar e corrigir outros problemas no programa de exploração espacial norte-americano, tornando as missões espaciais um pouco mais seguras.



Fonte:
http://observador.pt/2016/01/28/challenger-desastre-ha-30-anos/

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