Chernobyl, na Ucrânia, ainda
guarda as marcas da explosão do reator 4, que espalhou radiação pelo país e
pelos territórios vizinhos em 26 de abril de 1986. Na época, a usina era
responsável pela produção de cerca de 10% da energia utilizada na Ucrânia. Com
quatro reatores e mais dois em construção, Chernobyl era um símbolo do avanço
da União Soviética.
As causas da tragédia nuclear
ainda são motivo de discussão, alguns especialistas apontam erros humanos,
enquanto outros avaliam erros no projeto, a razão mais aceita é a união das
duas falhas. No dia da explosão estava agendado um procedimento de rotina no
reator 4, ele seria desligado e os responsáveis aproveitaram para fazer um
teste, um problema de resfriamento fez com que o teste terminasse de forma
trágica. O acidente lançou 70 toneladas de urânio e 900 de grafite na
atmosfera.
Após a explosão, milhares de trabalhadores
foram enviados ao local para combater as chamas e garantir a resfriação do
reator. Conhecidos como “liquidadores”, esses homens perderam a vida no combate
ao incêndio. Na segunda etapa, para conter a radiação, trabalhadores sem
equipamento adequado passaram seis meses construindo uma estrutura de
isolamento, o “sarcófago”.
O alto nível de radiação afetou
as regiões no entorno da usina, chegando a uma área de 100 mil km2. A cidade
que abrigava os trabalhadores de Chernobyl era Prypiat, construída para essa
função em 1970. A orientação para deixar as casas só veio 30 horas depois do
acidente, os habitantes tiveram 40 minutos para pegar os itens de maior
necessidade e sair da cidade. Eles foram avisados que poderiam voltar em três
dias. A área, porém, passou a fazer parte da zona de exclusão estabelecida no
entorno da usina e Prypiat virou uma cidade fantasma.
Os soviéticos tentaram esconder o
acidente, mas os níveis de radiação foram detectados em outros países. A
primeira notícia sobre a explosão saiu no dia 29, na Alemanha, três dias depois
do ocorrido. A usina chegou a continuar em funcionamento, com turnos menores, e
passou por dois princípios de incêndio, em 1991 e 1996.
O governo soviético admitiu 15 mil mortes, enquanto
organizações não governamentais calculam 80 mil. Segundo números oficiais, 2,4
milhões de ucranianos sofrem de problemas de saúde relacionados ao acidente.
Ainda hoje, 27 anos depois, 6% do PIB ucraniano é destinado aos efeitos da
tragédia, como pagamento de indenização às vítimas. Um museu foi construído na
capital Kiev para lembrar Chernobyl e as pessoas afetadas pela radiação.
FONTE:
http://educacao.globo.com/artigo/chernobyl-maior-acidente-nuclear-da-historia.html
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