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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

A Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

A Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

Em 1936, a Espanha estava politicamente dividida em dois campos: A Frente Nacionalista e a Frente Republicana. A Frente Nacionalista era um partido conservador, com ideias nacionalistas e fascistas, ao passo que a Frente Popular pertencia ao partido Republicano, com ideais socialistas, comunistas e anarquistas. Devido à oposição entre os dois lados, o monumental conflito deixou um rastro de sangue da matança entre espanhóis e tornou-se a precursora da Segunda Guerra Mundial.


O conflito começou em 1936 com a vitória da Frente Popular nas eleições. A Frente Nacionalista acreditava que a Frente Popular estava tentando iniciar uma revolução comunista. A Frente Popular temia um golpe de estado da Frente Nacionalista. Os temores da Frente Nacionalista foram redobrados em virtude da participação de anarquistas da Frente Popular. Em geral eles eram mais contidos, mas dessa vez resolveram apoiar a Frente Popular porque o partido havia prometido libertar todos os seus presos políticos.

A Frente Popular tomou o controle do novo governo, mas suas ações eram duvidosas. Devido à dissensão reinante entre a maioria – que incluía diferentes ideologias: republicanos, socialistas, comunistas e anarquistas – as reformas prometidas demoravam a ser implementadas. De repente, o povo resolveu começar a implementar as reformas por suas próprias mãos: a coletivização das terras e fábricas, às vezes por meio de violência. Os líderes comunitários e os industriais, que não tinham nenhuma confiança na determinação da Frente Popular para manter a ordem, estavam amedrontados. Milícias trabalhistas e nacionalistas competiam. O caos se instalava no país.

O assassinato do deputado e líder da direita monarquista, José Calvo Sotelo, por milícias republicanas, provocou o início da guerra civil, em 13 de julho de 1936. O golpe de estado aconteceu em 17 de julho de 1936, quando Franco, general do exército, tomou o controle do exército espanhol em Marrocos. O governo tentou uma reconciliação e propôs um acordo, mas não foi bem sucedido porque nem o lado republicano nem o nacionalista queriam ceder.

Algumas regiões rapidamente caíram em mãos nacionalistas comandadas por Franco: Navarra, Castilha, Galícia, partes da Andalucía e Aragon. Madrid, Valencia e Barcelona permaneceram em mãos republicanas. Após uma semana, a Espanha estava dividida em duas áreas iguais: uma em mãos nacionalistas, a outra sob controle republicano. Os Republicanos mantiveram controle das regiões mais ricas e industrializadas.
A guerra civil tornou-se um dos primeiros frutos do que seria a Segunda Guerra Mundial: o exército nacionalista era apoiado por dois países poderosos, a Alemanha e a Itália; eles forneciam armas aos Nacionalistas. Já os Republicanos receberam o apoio da União Soviética. A ajuda da Alemanha e da Itália permitiu que as tropas de Franco passassem o Estreito de Gibraltar em 5 de agosto para se juntar ao resto do exército. Eles avançaram para o norte. Os Republicanos contra-atacaram formando colunas que avançavam em territórios nacionalistas: a mais famosa delas foi a “Coluna Durruti”, composta por soldados e anarquistas liderados pelo General Durruti.

Franco chegou aos portões de Madrid, mas preferiu desviar suas tropas para o sul para ajudar insurgentes em Alcazar. Quando ele retornou aos portões de Madrid em novembro de 1936, os Republicanos tiveram tempo de organizar suas defesas . A luta foi acirrada, mas a cidade estava bem protegida e em março de 1937, Franco teve que admitir que havia falhado.
  Ele não sabia lidar com o fracasso, então decidiu derrubar a resistência republicana no País Basco e nas Astúrias. A luta prosseguiu para a região de Santander, que caiu em 26 de agosto. As Astúrias capitularam em 17 de outubro, tornando as forças nacionalistas as líderes de toda a costa Atlântica. 

Dentre as contra-ofensivas das tropas republicanas, duas foram memoráveis. A primeira foi na cidade de Teruel, que foi responsável por uma das mais acirradas lutas de toda a Guerra Civil. Nela, os republicanos tomaram a cidade das mãos dos nacionalistas nos primeiros dias de 1937, mas perderam o controle em menos de um mês. A outra foi a batalha de Ebro, que começou em 25 de julho de 1938, mas que também foi uma campanha fracassada.
Por isso, a Catalunha foi facilmente conquistada pelos Nacionalistas em fevereiro de 1939. Pouco tempo depois, Madrid também foi conquistada pelos Nacionalistas. Em 1º de abril de 1939, Franco declara o fim da guerra.

Fonte:
http://eurochannel.com/pt/A-Guerra-Civil-Espanhola-1936-1939.html

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