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sábado, 6 de janeiro de 2018

Invasão de Caiena

A Invasão da Guiana Francesa

  Em 1806 a França governada por Napoleão Bonaparte, queria realizar o Bloqueio Continental, que era uma forma de boicote ao Reino Unido e ainda iria obrigar os outros países a fecharem seus portos ao Reino Unido.



  O Príncipe de Portugal, D. João, não aceita aderir tal bloqueio, já que tinha uma posição privilegiada com o Reino Unido. Os franceses liderados pelo próprio Napoleão, começaram a avançar em direção a Portugal. A corte real sem intenções de virar prisioneira da França, fugiu para o Brasil com cerca de 15 mil pessoas, que eram levadas pela esquadra portuguesa. Os navios também foram escoltados por uma frota britânica, já que muitos temiam um ataque naval da França.



  Com isto, foi realizada uma represália à França. O plano foi de invadir a Guiana Francesa que possuía terras das quais Portugal não aceitava e oferecia o risco de tornar-se uma forte colônia francesa, podendo vir a acarretar problemas para os portugueses no Brasil. Quando o governo português já estava devidamente instalado no Rio de Janeiro, foi decretado a guerra a este território em 1808. O tenente-coronel Manuel Marques comandou a invasão terrestre contanto com 800 combatentes através do Pará.
  A esquadra portuguesa com apoio de navios britânicos era comandada por James Lucas Yeo a partir da fragata Confiance com 26 peças de artilharia. Além desta fragata, seguiam na armada luso-britânica, os brigues “Voador” de 18 peças sob o comando de José António Salgado e o “Infante Dom Pedro”, também com 18 peças e comandado por Luís da Cunha Moreira. A esquadra ainda tinha a escuna “General Magalhães” de 12 peças e ainda por dois cúteres, “Vingança” e “Leão” sob o comando do tenente Manuel Luís de Melo. Seguiam ainda nesta armada 3 canhoeiras de nome desconhecido. A força que estava embarcada nos navios, era a brigada real de fuzileiros navais, que era comandada por Luís da Cunha Moreira e recebia apoio de 300 fuzileiros britânicos.



  O primeiro combate entre as forças terrestres portuguesas e francesas ocorreu em 15 de dezembro de 1808, nas margens do rio Aproak, que resultou na tomada de duas embarcações de carga francesas. Nas semanas seguintes são tomadas todas as fortificações francesas do rio Maroni, uma após outra, sempre com uma grande resistência. 
  A 6 de janeiro de 1809 a coluna portuguesa ocupa o forte “Diamand” e em 7 de janeiro, o forte “Dégard des Cannes”e no dia 8, cai  o forte “Trió”, todos na ilha de Cayenne/Caiena.   
  Estabelece-se então o cerco à capital da Guiana Francesa onde o governador Victor Hugues tinha reunido todas as suas forças,numericamente comparáveis às portuguesas contando com 500 soldados de linha, auxiliados por dezenas de civis armados e algumas centenas de escravos libertos e armados no último momento pelos seus senhores franceses.   
  Os franceses esperavam  resistir na capital da colônia o máximo de tempo possível. Mas Hugues estava isolado, sem reforços nem apoio da sua cidade e em 12 de janeiro de 1809 os franceses se rendem, quase sem ter chegado a combater, é assinando em Bourda a sua rendição.

  Após a rendição, a “Guiana Francesa” foi redesignada “Colônia de Caiena e Guiana” e passou a ser administrada pelo desembargador João Severiano Maciel da Costa, mais tarde marquês de Queluz.

Fonte:
https://fatosdahistriamundial.wordpress.com/2016/07/11/a-invasao-da-guiana-francesa/

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