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sábado, 17 de março de 2018

Mansa Musa

Augusto César, o imperador de Roma, foi, segundo a Time, a segunda pessoa mais rica da história. O seu património é estimado em 4,6 biliões de dólares. Mas, quando Mansa Musa se tornou rei, passando a Musa Keïta I, a fortuna foi ainda maior.

«Não há, de todo, forma de calcular com precisão a riqueza de Mansa Musa», diz Jacob Davidson, da Time.



Mansa Musa governou o Império do Mali no século XIV. Chegou ao poder em 1312. O seu território era abundante em riquezas naturais, com destaque para o ouro. Musa Keïta assumiu o título de «Mansa», que significa «Rei», num momento que diversos reinos africanos prosperavam. E conseguiu, por exemplo, expandir largamente as fronteiras do seu território, acabando por ter sob sua alçada mais de 3200 quilómetros quadrados.

O império de Mansa Musa controlava aquilo que hoje são a Mauritânia, o Senegal, a Gâmbia, o Mali, a Guiné-Conacri, o Burkina Faso, o Níger, a Nigéria e o Chade.

A fortuna deste rei africano foi conhecida mais longe quando, em 1324, fez uma peregrinação de quase 6400 quilómetros até Meca. Não poupou nas despesas dessa viagem. A sua comitiva incluía dezenas de milhares de soldados, civis e escravos, e também 500 vendedores e mensageiros, que, além de camelos e cavalos, transportavam muitas barras de ouro. Chegando ao Cairo, Mansa Musa doou tanto ouro e tanto dinheiro que a cidade passou por uma crise inflacionária, resolvida só ao fim de muitos anos. 

Mansa Musa foi rei durante 25 anos. Morreu em 1337, deixando um enorme legado de mesquitas, escolas, bibliotecas e museus – que sobreviveu por muitas centenas de anos.

Fonte:
http://www.africa21online.com/artigo.php?a=21410&e=Cultura

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