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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

A verdade escondida no massacre de Munique de 1972

Onze atletas israelitas morreram às mãos de terroristas palestinianos durante os Jogos Olímpicos e agora as famílias revelam que os reféns também foram torturados e um foi castrado.



As viúvas de dois dos atletas israelitas mortos por um comando ligado à Organização de Libertação da Palestina (OLP), durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, revelaram detalhes das mortes dos seus maridos e dos outros reféns que, até agora, não eram do conhecimento do grande público, apenas das autoridades alemãs e, desde 1992, da famílias das vítimas.

Ilana Romano e Ankie Spitzer, mulheres de dois dos onze atletas israelitas mortos no ataque terrorista de 5 de Setembro de 1972, disseram ao The New York Times que tiveram de esperar 20 anos para ver as fotos chocantes do que aconteceu na Aldeia Olímpica e descobrir algumas verdades escondidas. Uma das revelações que mais as abalou foi que o halterofilista Yossef Romano foi castrado pelos terroristas.



Durante anos, as duas viúvas, representantes de todas as mulheres que perderam os maridos naquele ataque, preferiram não falar do que viram nas fotos, mas agora resolveram denunciar o que lhes foi mostrado para que os seus familiares assassinados recebam o reconhecimento que lhes acham devido.



Ao The New York Times (que não quis publicar as fotos, depois de terem sido vistas) desvendaram como Yossef, que já tinha levado um tiro quando tentou reagir ao ataque dos terroristas, foi depois castrado. "O que eles fizeram foi cortar-lhe os órgãos genitais através da roupa interior e abusaram dele", contou a sua viúva.



Revoltadas, processaram as autoridades alemãs que lhes esconderam os factos durante 20 anos, mas a sua indignação volta-se sobretudo para os assassinos: "Eles disseram que mataram os reféns apenas devido ao falhanço da operação de resgate no aeroporto, mas isso não está certo. Vieram para matar gente. Vieram para matar".



A 5 deSetembro de 1972, durante as olimpíadas de Munique, oito terroristas pertencentes a um ramo da OLP, atacaram os apartamentos dos atletas israelitas na Aldeia Olímpica. O sequestro durou mais de 20 horas e acabou com uma operação de resgate falhada que se revelou fatal. Três atletas foram mortos na aldeia olímpica e os outros oito foram executados no aeroporto, para onde foram transferidos, cinco terroristas foram abatidos, assim como um polícia alemão.

FONTE:
http://www.sabado.pt/mundo/detalhe/verdade-escondida-no-massacre-de-munique-de-1972

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