Luís Mouzinho nasceu em Lisboa, a 16 de junho de 1792. Era filho de Luísa da Silva Guterres e Ataíde, e do Dr. João Pedro Mouzinho de Albuquerque, desembargador do Paço. Ambos oriundos de famílias da antiga nobreza.
O pai era fidalgo-cavaleiro da Casa Real e possuidor de dois vínculos em Chelas. A mãe era filha de Luís da Silva Ataíde, guarda-mor do Pinhal de Leiria e Senhor da Casa do Terreiro naquela região.
Até aos sete anos esteve destinado pelo pai a uma carreira eclesiástica mas, cedo reconheceu que não tinha vocação para sacerdote.
Era muito estudioso e tinha grande gosto pela poesia, desenho e ciências físicas e naturais.
Resolvendo antes optar por uma carreira militar, em 1809, começou a frequentar a Academia Real da Marinha, onde concluiu o curso de Matemática. Já como oficial engenheiro, ingressou também no Observatório Real de Lisboa.
Apaixonou-se por uma prima leiriense, Ana de Mascarenhas de Ataíde, e resolveu abandonar os estudos e dedicar-se à agricultura, no Fundão, ajudado por uns familiares, para ganhar mais algum dinheiro e poder casar convenientemente.
Volta a Lisboa, em 1816, para realizar o casamento, e torna para o Fundão, onde o casal residiu até 1820, entregue aos cuidados da agricultura.
Em 1820 foi para Paris, onde o sogro estava exilado, ocupando-se na redação do seu Jornal. Ali publicou muitos artigos da sua autoria.
Esteve em Paris durante três anos.
Foi uma das grandes figuras do nosso país durante a primeira metade do século XIX.
Patriota, amante da liberdade e defensor do progresso, durante a sua agitada vida de político, desempenhou, por diversas vezes, cargos ministeriais: foi ministro do reino, da justiça e da marinha. Foi governador da Madeira, coronel de engenharia, provedor da Casa da Moeda, inspetor-geral das Obras Públicas e membro da Academia de Ciências de Lisboa.
Foi também um soldado corajoso ao serviço das forças de D. Pedro, de quem foi apoiante e companheiro.
Deu os primeiros passos para uma política de conservação do Património Histórico. Realizou, um pouco por todo o País, importantes trabalhos de engenharia e, de 1840 a 1843, repartido por múltiplas atividades, e resultado das diligências de D. Fernando junto à coroa portuguesa, foi nomeado para dirigir as obras de restauro do Mosteiro da Batalha onde esteve à frente dos trabalhos e procedeu ao restauro que salvou o mosteiro da ruína que já se dava como garantida.
Comprou, em 1837, a Quinta da Várzea, no concelho da Batalha, aí nascendo, em 1855 o seu neto Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque.
A atividade política e militar chamaram-no a outras funções, pelo que deixou a Batalha em 1843.
Em 21 de maio de 1846 foi nomeado governador civil de Leiria. Poucos dias depois foi chamado a Lisboa, para desempenhar de novo, e pela última vez, no Ministério de Palmela, as funções de Ministro do Reino.
Vem a morrer, a 27 de dezembro de 1846, atingido por uma bala, no Castelo de Torres Vedras, tendo ficado sepultado na Igreja de S. Pedro dessa cidade. Tinha apenas 54 anos.
Fonte:
http://www.mosteirobatalha.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=253
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