Nasceu em 1851 no Rio de Janeiro.
Foi médico do Hospital de S. José , em 1892, director do Hospital de Rilhafoles e professor, desde 1880, da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Como médico dedicou-se principalmente às doenças do sistema nervoso, especializando-se em Psiquiatria. Participa também no lançamento das campanhas de prolifaxia contra a tuberculose.
Só em 1908 entrou na política activa, como deputado, afecto ao então presidente do Conselho, Ferreira do Amaral. Mas as suas fortes convicções liberais e anti-clericais aproximam-no rapidamente da Junta Liberal, de que se torna um dos mais destacados dirigentes, e do Partido Republicano, a que adere formalmente pouco antes da implantação da República, sendo eleito deputado nas suas listas. Miguel Bombarda foi um dos principais dirigentes da revolução republicana, com o especial encargo de proceder à distribuição de armas por grupos civis, estando prevista a sua participação no assalto ao quartel de Artilharia 1, em Campolide.
No dia 3 de Outubro, Miguel Bombarda foi alvejado a tiros de revólver por um oficial do exército, antigo aluno dos colégios da Companhia de Jesus, que o procurou em Rilhafoles. Transportado para o Hospital de S. José, foi operado, 'depois de ter mandado queimar à vista uma carta que trazia na carteira' e falado com Brito Camacho, mas não resistiu à operação, entrou em coma e faleceu cerca das 6 da tarde.
A morte de Miguel Bombarda provocou especial indignação junto do povo de Lisboa, para quem se tratava de um 'atentado reaccionário'.
A República organizou as suas exéquias, homenageando-o como um dos seus principais inspiradores.
Fonte:
http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/biografias?registo=Miguel%20Bombarda
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